terça-feira, 1 de junho de 2010

Mãe Social ( post 2x)

Mãe Social

Após ficar perplexa com o fechamento de um abrigo em Vargem Grande na última semana, resolvi repetir o post sobre Mãe Social e posteriormente, vou escrever especificamente, sobre o que ocorreu e o que penso sobre o fechamento do abrigo.

Muitas pessoas não sabem o que é ser Mãe Social. Outras nunca ouviram falar. E tem ainda, os que sabem muito pouco. Pessoalmente, acho maravilhoso o trabalho destas mulheres, que em sua maioria, priorizam o "simples" fato de ajudar e dar amor, e deixam o fator dinheiro em segundo plano. Há várias informações sobre como proceder se vc ficou interessada, basta pedir ajuda ao Google ou procurar a Casa Lar mais próxima. Mas aqui, vou colocar um resumo e assim tentar divulgar não só a profissão, mas principalmente o trabalho realizado. Já visitei uma Casa Lar e o trabalho é muito, muito bacana.

A ideia de mãe-social nasceu em 1949, com o austríaco Hermann Gmeimmer, e tinha como objetivo acolher crianças órfãs, vítimas da Segunda Guerra Mundial. Naquela época, as mães-sociais eram viúvas de guerra e o trabalho era voluntário, com o passar do tempo, o campo de atuação foi ampliado, passando a ter programas para famílias, comunidades, defesa de direitos, centros médicos e ações voltadas à saúde e nutrição.

O projeto ganhou proporção mundial, um nome: Casa Lar, Casa de Acolhimento..... e, atualmente há inúmeras unidades de acolhimento e fortalecimento familiar e comunitário pelo mundo todo.

A mãe-social é responsável por cada uma das crianças que ficam sob sua responsabilidade, geralmente entre 6 e 9 crianças. Ela cuida da casa-lar com autonomia, com todas as tarefas de uma dona-de-casa e coordenada às refeições, atividades e horários de cada membro.

Assim como as outras profissões, a de mãe-social é regulamentada e registrada por lei, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. A profissional trabalha para o desenvolvimento de cada criança a ela confiada, proporcionando segurança, amor e estabilidade de que cada uma necessita. Como em qualquer outro emprego, elas têm registro em carteira, com direito a férias e décimo terceiro salário.

Os responsáveis por encaminhar as crianças para o acolhimento são juízes, varas da infância e conselhos tutelares. A instituição detém a guarda provisória e excepcional das crianças, adolescentes e jovens que abriga, mesmo que as crianças tenham pai e mãe biológica.

Para se tornar uma mãe-social é preciso ter disponibilidade para dedicação integral, uma vez que a funcionária dorme na instituição, possuir ensino médio completo (desejável) e se identificar com os valores e a visão da organização. Me parece, que na regulamentação da profissão, há ( ou havia) o requisito de ser solteira e sem filhos. Mas como disse, já visitei uma Casa Lar, e conversando com algumas Mães Sociais, elas tinham filhos, família, e inclusive sempre que possível, levavam as crianças sob sua responsabilidade, para conhecer e interagir com seus familiares. São mulheres que se apegam inevitavelmente às crianças, e enquanto detém a guarda, fazem o possível para que seus valores sejam resgatados, bem como a auto estima, sentimentos de fraternidade etc.

Deixo aqui, minha homenagem e um feliz Dia das Mães à estas Mães Sociais, que fazem um trabalho maravilhoso, que é dar amor, segurança emocional, carinho, educação, perspectiva à tantas crianças.

2 comentários:

  1. Oi!
    Lembrando do abrigo, não consegui prestar atenção direito mas saiu algo no telejornal ontem sobre a reabertura do mesmo, você viu?
    Beijos, e parabéns pelos textos!

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